# 0427
Plano Director Vila de Catoca
Saurimo - 2007

Este plano foi elaborado para a vila de Catoca, situada na província da Lunda Sul em Angola. A vila foi criada pela Sociedade Mineira de Catoca para dar apoio à mina e aos seus trabalhadores, que são o público alvo deste estudo.
O principal objectivo estratégico deste plano foi a reorganização da vila no sentido da sua sustentabilidade, tendo como ponto de partida a vila existente. Procurou-se definir uma nova articulação da malha urbana, intervindo a nível da rede viária, do quarteirão, do edificado e dos espaços verdes, numa formulação de um novo macrossistema. O plano desenvolve uma estratégia de intervenção multifuncional e heterogénea, em quatro fases que visam a sustentabilidade da vila. Estas fases foram planeadas para aplicar entre 2008 e 2012, de acordo com as prioridades estabelecidas em relação às debilidades identificadas: a reestruturação e hierarquização da rede viária e pedonal; a introdução de projectos âncora como “alavancas” para o desenvolvimento da vila; o crescimento da vila no sentido Sul; a criação de novos quarteirões e redefinição dos existentes; a valorização da multifuncionalidade em detrimento dos zonamentos monofuncionais existentes; e a introdução de uma estrutura verde ligada às actividades de lazer e recreio e que funcione como “estrutura barreira” das poeiras e ruídos provenientes da zona de extracção e produção. Pretendeu-se estabelecer uma imagem geral de modernidade, criando uma vila com luz, espaço, arborização, assim como uma nova arquitectura urbana revalorizando e redefinindo os edifícios existentes e ligando-os através de eixos viários e perspectivas, tendo sempre em conta uma circulação fluída dentro da vila. Estudou-se uma área destinada aos serviços aeroportuários visando a ampliação da pista de aterragem. Pretende-se, de igual modo, organizar as funções de comércio e serviços, áreas desportivas, lúdicas e de lazer, em volta das células habitacionais evitando pela mistura e complementaridade de funções as zonas dormitório e defendendo a introdução de indicadores de ordenamento que permitam avaliar e monitorizar a sustentabilidade do território e a sua evolução ao longo do tempo.